Páginas

24/06/2013

Manifestações contra corrupção e os Neo-Reaças

Reaça é corruptela para reacionário; em síntese, o sujeito que não concorda com a mudança das coisas – por meio ou não de “revoluções”. O reaça, portanto, pretende “deixar tudo como está” e REAGE em face daqueles que “são contra tudo que está aí”.

11/06/2013

Sobre a realidade

Costumamos achar que sabemos o que é o mundo real, esse que vemos à nossa volta. Basta abrir os olhos, apurar os ouvidos, e temos esse retrato do que é a realidade, baseado na nossa percepção sensorial. Mas será que é só isso? Será que o que vemos e ouvimos pode ser chamado de realidade?

28/05/2013

Pensamento mediano

Singularmente perversa e infantilizada, nossa classe média é o suporte de uma visão de mundo que transforma exploração em generosidade


A professora Marilena Chauí propõe uma discussão interessante e oportuna acerca da classe média brasileira. Seu julgamento indignado é certeiro, ainda que abstrato e indiferenciado. Mais interessante que o burburinho causado é perceber a "justificação" do privilégio dessa classe para que possamos compreendê-la. Antes de tudo, o que é "privilégio"? E como ele se reproduz? Em todas as sociedades modernas, como a brasileira, os privilégios que asseguram acesso diferencial aos bens ou recursos que todos desejamos, sejam materiais, como carro e casa, sejam imateriais, como o prestígio e o charme que asseguram a conquista de um parceiro erótico, por exemplo, são explicados a partir da apropriação diferencial de certos "capitais" - que vão pré-decidir toda a competição social por todos os bens escassos, materiais e imateriais, que todos desejamos as 24 horas do dia. Esses "capitais impessoais", antes de tudo o capital econômico e o capital cultural, são, portanto, o fundamento opaco e nunca assumido de toda a dominação social injusta.

01/05/2013

20 anos em três


Ao mergulhar no mundo das startups, aprendi muito nos últimos três anos. No dia em que o Julio, meu ex-colega de MBA e cofundador do Peixe Urbano, me chamou para embarcar nessa jornada, coloquei um pé atrás e decidi estudar cautelosamente a oportunidade. Naquela época, eu morava em Seattle com a minha família, trabalhava para a Microsoft, havia acabado de comprar a sonhada casa e não tinha planos de voltar ao Brasil. Mas a ideia de empreender me chamou a atenção e quis saber mais sobre a proposta antes de tomar uma decisão. Acabei me envolvendo e me apaixonando rapidamente. Logo percebi que me arrependeria muito mais de não apostar no projeto e de não fazer parte dessa história. No mínimo eu aprenderia muito, e o maior risco era continuar na posição estável e previsível da minha zona de conforto.